O tipo mais comum desta condição é a conhecida calvície, que causa a queda do cabelo concentrado no couro cabeludo — mas a alopecia caracteriza a perda de pelos de qualquer outra parte do corpo.
Esse quadro pode afetar qualquer pessoa, desde homens e mulheres até crianças, e pode variar em gravidade também: pode ser uma diminuição suave na densidade capilar até a perda completa de cabelo em áreas específicas do corpo.
No Brasil, o Ministério da Saúde não cataloga dados sobre pacientes que sofrem com essa condição clínica, mas uma pesquisa feita pela Fundação Alopecia Areata, nos EUA, e divulgada aqui pelo G1, estima que cerca de 2% da população mundial conviva com a doença.
Essa perda de cabelo ou pelos pode ter várias causas, incluindo predisposição genética, fatores hormonais, estresse, doenças autoimunes, infecções e efeitos colaterais de certos medicamentos.
Sabemos que esse é um tema delicado para muita gente, uma vez que essa condição afeta diretamente a autoestima das pessoas que sofrem com esse quadro.
É pensando em desmistificar esse assunto e trazer orientação e suporte a quem sofre com a doença que preparamos um conteúdo completo sobre essa condição clínica.
Acompanhe o artigo abaixo para saber tudo sobre a doença, suas causas, quais os primeiros sinais dela, e as principais opções de tratamento.
Boa leitura!
O que é alopecia?
Alopecia é um termo médico que se refere à perda de cabelo anormal ou à calvície.
Essa condição pode afetar tanto homens quanto mulheres e ocorre quando há uma diminuição na quantidade de cabelo ou mesmo a ausência completa de cabelo em certas áreas do corpo, principalmente no couro cabeludo.
Essa condição é um problema bastante comum e pode ser resultado de diversas causas; principalmente, a doença pode ter um impacto bastante significativo na qualidade de vida das pessoas afetadas.
Tipos de alopecia
Com muita análise e estudos envolvidos no acompanhamento de pacientes que sofrem dessa condição, a medicina já consegue mapear e classificar, atualmente, os diferentes tipos da doença.
Essa categorização é feita com base nas características da mesma, variando conforme a forma como os cabelos são afetados, bem como o ponto do ciclo capilar em que o crescimento é interrompido — e os fios, infelizmente, caem.
Confira abaixo quais são esses tipos:
Alopecia androgenética
Essa é a calvície de padrão masculino e feminino, e um dos tipos mais conhecidos: é a classe mais comum da doença e geralmente é hereditária.
Ela é causada pela sensibilidade dos folículos capilares aos hormônios.
Entre esses hormônios, podemos citar a diidrotestosterona (DHT), que leva à miniaturização dos fios e, consequentemente, à perda progressiva de cabelo.
Os sintomas desse quadro varia entre homens e mulheres:
- nos homens, a calvície começa com o afinamento do cabelo nas têmporas e na coroa da cabeça, resultando no típico formato calvo que conhecemos;
- nas mulheres, essa condição se caracteriza pelo afinamento difuso do cabelo no couro cabeludo, mas que preserva a linha do cabelo frontal.
Alopecia areata
Já esse tipo de calvície é uma condição autoimune: aqui, o sistema imunológico ataca os folículos capilares do paciente, que começa a perder cabelo em áreas circulares ou ovais.
Essa categoria de “calvície” pode variar ao nível de gravidade, sendo desde pequenas manchas em regiões distintas até a perda total de cabelo.
A condição areata é caracterizada por áreas sem cabelo bem definidas e, muitas vezes, com bordas arredondadas.
Isso vale para o couro cabeludo (chamada de alopecia totallis) e para o corpo todo (alopecia universalis).
Segundo estudo, esse é um tipo que afeta cerca de 2% das primeiras consultas dermatológicas no Reino Unido e nos Estados Unidos.
Eflúvio telógeno
Em casos de eflúvio telógeno, a ciência explica se tratar de uma condição que leva à queda de 300 a 500 fios de cabelo por dia, o que resulta na perda de volume do cabelo.
As causas de eflúvio telógeno podem variar bastante, e costumam ser:
- parto;
- cirurgia;
- desequilíbrio da tireoide;
- deficiência de vitaminas ou minerais.
Logo, muitos pacientes que sofrem desse quadro estão enfrentando um evento temporário que leva à queda de cabelo.
A recuperação desse evento específico é o que ajuda no cessar da perda de fios; o cabelo pode se recuperar em alguns meses, mas em alguns casos pode durar mais tempo, inclusive anos.
Alopecia por tração
Em casos de alopecia por tração, os pacientes são acometidos quando os cabelos ficam presos por muito tempo e de forma muito apertada.
Logo, pessoas que submetem o couro cabelo a penteados agressivos a longo prazo, como rabo de cavalo, tranças, dreads e coques podem desenvolver essa condição de calvície.
É justamente pela tração que esses penteados causam nos fios e no couro cabeludo que o paciente pode começar a perder cabelo e, em muitos casos, o quadro é irreversível.
Alopecia cicatricial
Aqui, o paciente começa a perder fios de cabelo por conta de uma inflamação que destrói os folículos capilares.
Isso leva à formação de cicatrizes no couro cabeludo; além disso, o paciente costuma sentir coceira na região, dor e vermelhidão.
A área afetada pela condição cicatricial fica com marcas visíveis, o que pode gerar impactos na autoestima da pessoa.
Alopecia frontal fibrosante
Mulheres que estão passando pelo período pós-menopausa são as mais afetadas por esse tipo de calvície.
Isso ocorre, principalmente, porque o corpo sofre com um padrão de recuo da linha do cabelo, normal da idade e das mudanças que o organismo começa a lidar; ainda, axilas e sobrancelhas também podem ser afetadas.
Dentre os principais sintomas, além da queda dos fios e pelos, a paciente pode perceber manchas vermelhas e pequenas bolinhas na região do rosto.
Quais são os sintomas da alopecia?
Como você pôde perceber ao longo das descrições dos diferentes tipos de queda de cabelo, os sintomas podem variar conforme a condição que afeta o paciente.
Isso porque, principalmente, as causas dos diversos tipos de alopecia são diversas, gerando consequências distintas entre um quadro e outro.
No entanto, alguns sintomas podem ser considerados universais em casos de calvície; dentre eles, os principais sinais são:
- perda de cabelo;
- afinamento capilar;
- alterações nas unhas;
- identificação de áreas calvas;
- alterações na textura do cabelo;
- cicatrizes, no caso do quadro cicatricial;
- coceira e desconforto, também em casos do quadro cicatricial;
- sensibilidade dos folículos, quando o paciente sofre do tipo androgenética.
É importante destacar que esses sintomas afetam além dos fios de cabelo, quando em determinados tipos, impactando também outros pelos corporais.
Quais são as causas da alopecia?
Assim como acontece com os sintomas, as causas da calvície variam conforme o quadro que acomete o paciente.
Diversos fatores podem prejudicar o crescimento dos fios e o ciclo deles, levando à queda dos mesmos.
Entre esses fatores, de forma geral, podemos citar como causas da doença:
- estresse;
- uso de medicamentos;
- micose no couro cabeludo;
- reação hormonal pós-parto;
- lúpus eritematoso sistêmico;
- uso de produtos químicos inadequados;
- deficiência de proteínas, zinco, biotina e ferro;
- doenças específicas, como:
- líquen plano;
- hipotireoidismo;
- hipertireoidismo;
- sífilis secundária.
Alguns tipos de câncer também podem levar à queda de cabelo, em casos específicos ou como consequência de tratamentos para essa doença.
Como tratar a alopecia?
Com exceção da alopecia areata, os demais casos da doença têm cura.
Por meio do diagnóstico de um dermatologista, o paciente consegue identificar quais as causas para a condição e receber um tratamento completo.
Entre as principais modalidades de tratamento estão as seguintes:
- suplementação alimentar;
- medicamentos orais ou tópicos;
- uso de cosméticos em ampolas ou loções.
Mais de um tipo de tratamento pode ser combinado, potencializando os resultados.
Em casos mais extremos, o paciente que sofre de calvície pode realizar transplantes capilares; ainda, a microperfuração do couro cabeludo para o recebimento de vitaminas e nutrientes é outra forma de tratamento que pode ser recomendada.
Existe prevenção contra a alopecia?
Quem não tem histórico familiar de alopecia pode evitar a condição cuidando do cabelo e do couro cabeludo: evitar tratamentos de salões que usam muitos produtos químicos e manter uma alimentação saudável são boas formas de prevenir a condição.
Já quando há fatores genéticos, não existe forma de prevenir a doença; no entanto, há possibilidades de conter o avanço do problema, controlando a calvície.
Perguntas frequentes sobre alopecia
Para esclarecer tudo sobre esse assunto, separamos abaixo um FAQ com mais algumas informações importantes acerca do tema; confira:
Como começa a alopecia?
O início da alopecia pode variar significativamente, dependendo da causa subjacente e do tipo diagnosticado.
É importante notar que, em muitos casos, a doença pode ser progressiva, o que significa que a perda de cabelo piora ao longo do tempo.
Além disso, os sintomas emocionais, como a perda de autoestima, muitas vezes acompanham o início da alopecia, devido ao impacto estético e psicológico que a condição pode ter.
Alopecia se transmite?
Não, a alopecia não é contagiosa, e não passa de pessoa para pessoa.
Alopecia tem cura?
Como citamos, se não há fatores genéticos que causam a condição, a calvície tem sim cura.
No entanto, mesmo com histórico familiar, existem tratamentos para acompanhar e conter o avanço da doença.
Conclusão
Hoje, você viu que a alopecia é uma condição caracterizada principalmente pela perda de cabelo anormal ou calvície e que seus sintomas podem variar dependendo do tipo e da causa subjacente.
Se você está enfrentando problemas de queda de cabelo ou suspeita de alopecia, é aconselhável procurar a orientação de um dermatologista ou profissional de saúde para um diagnóstico preciso e discussão das opções de tratamento adequadas.
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